As notícias, hoje, como já sabemos, circulam em meios que vão muito além do jornal, TV e rádio. Hoje elas estão e circulam também na internet, nas mídias sociais.
A mídia social, ou mídia alternativa, é um fato atual mundial. Por um lado, essa nova forma de mídia tornou a informação e o conhecimento mais democrático, permitindo o alcance e a divulgação por qualquer pessoa, saindo do controle exclusivo das grandes mídias, sendo assim, assuntos que não costumavam circular nas grandes mídias, podem agora serem divulgados por meio de uma plataforma digital, e sendo um fato verdadeiro, pode contribuir muito e ajudar pessoas, projetos, etc. Mas, em contrapartida, contribuiu – e tem contribuído - também
para o maior alcance da desinformação. Já que como qualquer pessoa pode, por exemplo, criar um blog e publicar o que quiser nele, sendo uma informação verídica ou não, faz com que aumente drasticamente a propagação da desinformação, das Fake News, que tem como conseqüência o estímulo ao ódio, a intolerância, que partindo do pressuposto de ser uma inverdade, causa sérios problemas ao alvo. Isso acontece porque por meio das plataformas digitais, tais como o Blog, Instagram, Facebook, Twitter, entre outras, a informação divulgada não tem uma apuração de dados eficiente como tende a ter na mídia tradicional. Até porque, nem sempre quem produz e publica uma notícia, é de fato jornalista, e quando é, nem sempre é rigoroso na apuração. Então, por um lado, temos um maior acesso, interatividade e propagação de notícias, o que torna mais democrático, e por outro, um crescente número de criadores e propagadores de Fake News.
Por isso, para evitar esse enorme problema, é fundamental a dúvida por parte do leitor, assim como a checagem da informação (uma, duas, três, quatro vezes) e a avaliação, antes do compartilhamento. Geralmente, nas plataformas digitais citadas, as notícias criadas e divulgadas costumam ter um viés sensacionalista, justamente para chamar a atenção do leitor, por meio do drama, da indignação, etc. para que impulsivamente o mesmo compartilhe, acreditando ser uma verdade. Portanto, reconhecendo o problema que temos enfrentado, é de fato de extrema importância a apuração das notícias, mesmo sendo um trabalho cansativo, em que se requer paciência e tempo por parte do leitor, para que só depois de concluído esse trabalho, que se compartilhe.
Referência bibliográfica
AIDAR, F.; ALVES, J. Como não ser enganado pelas Fake News. Editora Moderna, São Paulo, v. 01, 2019.
Texto de: Mariana Lima
